Videogames podem ficar de fora do Vale-Cultura
Há alguns dias, você viu aqui no Canaltech sobre como o Vale-Cultura poderia impactar o mercado nacional de jogos eletrônicos. Pois é, poderia, já que agora a inclusão de games no projeto está ameaçada. Conversamos com Kao Tokio, especialista e pesquisador na área de games, que nos explicou melhor o assunto.
Durante a última Campus Party, em São Paulo, o presidente da Acigames, Moacyr Alves Jr., nos disse que existem dúvidas dos gestores do projeto sobre como a inclusão dos games no Vale-Cultura pode estimular o mercado brasileiro. "A visão deles é que, pelo fato da mídia ser importada, logo não agregaria valor ao produto fabricado no Brasil".
É curioso saber que o governo ainda levanta esse tipo de dúvida, como destaca Tokio. "A dúvida deixa de ser verdade a partir do momento que se entende que vários tipos de empreendimentos voltados para jogos eletrônicos têm sido realizados no país. A Microsoft, por exemplo, já fabrica o Xbox 360 no Brasil; as mídias físicas também começam a ser produzidas por aqui; também temos todo um processo de localização para o nosso idioma, seja na dublagem ou legenda. Com isso, nota-se que existe um alto investimento de companhias internacionais para a fabricação de mídias eletrônicas aqui mesmo no Brasil".
Vale lembrar que o mercado nacional de games está em plenta ascensão. Não só grandes empresas inserem parte de seu capital para a produção de mídia brasileira, mas também desenvolvedores, startups e outros projetos estimulam a criação de títulos independentes que chegam ao usuário todos os dias e para vários tipos de plataformas, como tablets, PCs e smartphones. "É um absurdo pensar que filmes de Hollywood irão se beneficiar do Vale-Cultura, enquanto jogos eletrônicos talvez não. Por que não tratar os videogames também como forma de entretenimento?", afirma Tokio.
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