Hackday promove reflexões sobre o transporte público de São Paulo
Ativistas se mobilizam em São Paulo para “hackear” o transporte coletivo, oferecendo alternativas de formas pacíficas de manifestação e analisando maneiras de democratizar informações. Engenheiros, designers, fotógrafos, jornalistas, hackers e interessados estiveram reunidos neste domingo, 18, para discutir manifestações pacíficas e para a democratização de informações sobre o transporte coletivo de São Paulo. No Transparência Hackday Transporte Público, durante uma tarde e uma noite cidadãos se uniram e pensaram em soluções para hackear o sistema e os acontecimentos das últimas semanas. Não imagine, no entanto, gente mergulhada em códigos burlando sistemas de proteção. Por hackear, leia "entender melhor esses elementos para subvertê-los a favor da população em forma de produtos e ações". A ideia do evento, que acontece sem periodicidade fixa desde 2009, não era gerar nenhum tipo de manifestação, mas pensar em alternativas para tornar os protestos mais eficientes, assim como a disponibilização de informações. “Vamos juntar diferentes saberes, cada um só precisa levar sua vontade e seu laptop”, explicou a jornalista Daniela Silva, uma das organizadoras do evento. Logo no primeiro momento, todos os participantes se apresentaram e falaram sobre suas habilidades, sobre o que estavam dispostos a estudar e a planejar. Depois foram definidos projetos a serem desenvolvidos e pequenos grupos foram designados para levá-los adiante. Os planos eram ambiciosos: desde traçar uma trajetória da Polícia Militar e entender as dificuldades da carreira de um PM, passando por mapas colaborativos até a confecção de máscaras protetoras com material reciclável, para que manifestantes não fossem tão afetados pelo gás lacrimogêneo. Enquanto isso, pessoas conectadas com outros grupos de ativistas mandavam notícias sobre o que estava sendo preparado para o ato de segunda-feira, sobre o que estava acontecendo nas manifestações do Rio de Janeiro e dicas de amigos médicos sobre primeiros socorros.
Fonte : Revista Galileu
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