‘Redes sociais colocaram um novo desafio para o controle de distúrbios’

Na semana passada, um dos textos que circulou pela internet relacionado aos protestos foi uma suposta “carta de um policial militar” publicada anonimamente no blog Abordagem Policial, um dos maiores no País sobre polícia e segurança pública.
“No front não há raciocínio. ‘A determinação é desocupar a Avenida’. Um sentimento de dever nos une, e a determinação será cumprida”, diz a carta, que levou 80 mil visitantes ao blog em um único dia. Mas como funciona exatamente a ação policial no caso de manifestações e grandes protestos como o da última quinta-feira e os que vão acontecer nesta segunda-feira pelo Brasil? As polícias militares seguem, em geral, uma cartilha que define o uso progressivo da força. Os documentos são confidenciais, mas é possível acessar versões simplificadas pela web. Para saber como funciona essa estratégia, conversamos com Danillo Ferreira, tenente da Polícia Militar da Bahia e autor do blog Abordagem Policial.Para ele, que também é associado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, as polícias precisam rever a sua estratégia em um tempo em que os protestos são descentralizados e não há lideranças claras. “Sem entender que não é mais possível focar em uma liderança e convencê-la da desmobilização, dificilmente qualquer polícia conseguirá se sair bem em protestos públicos”, ele analisa.

Materia Completa : Revista Galileu

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